Fatos relevantes
- Empréstimo bilionário: Os Correios aprovaram uma operação de crédito de R$ 20 bilhões, garantida pelo Tesouro Nacional. Em caso de inadimplência, a União assume os pagamentos.
- Participação de grandes bancos: O sindicato de bancos inclui Banco do Brasil, BTG Pactual, Citibank, ABC Brasil e Safra. A Caixa Econômica Federal participou das primeiras discussões, mas ficou de fora da fase final.
- Taxa de juros elevada: A taxa negociada ficou próxima de 136% do CDI, considerada alta para uma estatal com aval soberano. Algumas exigências incomuns foram retiradas, como cláusulas de lucro mínimo.
- Histórico de prejuízos: A estatal acumula 12 trimestres consecutivos de resultados negativos, com perdas de R$ 6,1 bilhões entre janeiro e setembro de 2025 — quase o triplo do mesmo período do ano anterior.
- Impacto fiscal: O déficit pressiona as contas públicas. A projeção de resultado para 2025 foi elevada para um prejuízo de R$ 5,8 bilhões, aumentando o risco de contingenciamento em 2026.
- Privatização fora da mesa: Apesar da crise, o governo indica que não há debate sobre privatização imediata. O apoio financeiro é condicionado a avanços de gestão.
Curiosidade
Mesmo com perdas e queda de receitas, os Correios seguem como uma das maiores empresas de logística do Brasil e têm papel estratégico na integração nacional. Isso ajuda a explicar por que o governo prefere reforçar a estrutura em vez de discutir privatização imediata.