Empresas da bolsa de valores
A Suzano opera principalmente nos segmentos de Celulose (produção e comercialização de celulose de eucalipto de fibra curta e fluff para o mercado externo) e Papel (produção e venda de papel para os mercados interno e externo). Devido à sua natureza de exportadora de commodity e sua estrutura de capital intensivo, a análise focará em métricas operacionais (volume, margem, custo) e financeiras (endividamento, resultado cambial).
O volume de vendas de celulose mede a produção central e o alcance comercial da Suzano em sua atividade principal (Celulose) [Análise anterior]. É um indicador crucial, pois a celulose é uma commodity cuja demanda global e capacidade de produção (paradas de manutenção) impactam diretamente a Receita Líquida [Análise anterior].
| Trimestre | Vendas Celulose (mil t) |
|---|---|
| 1T2024 | 2.401 |
| 2T2024 | 2.545 |
| 3T2024 | 2.635 |
| 4T2024 | 3.284 |
| 1T2025 | 2.651 |
| 2T2025 | 3.269 |
| 3T2025 | 3.165 [Análise anterior] |
O volume de vendas de celulose atingiu **3,165 milhões de toneladas (3.165 mil t)** no 3T2025 [Análise anterior]. Este volume representa uma **redução sequencial de 3%** em relação ao 2T2025 (3.269 mil t, ou 3,269 milhões de toneladas) [Análise anterior]. Na comparação anual com o 3T2024 (2.635 mil t), o volume cresceu **20%** [Análise anterior]. A redução sequencial no volume de vendas de celulose contribuiu para que o EBITDA Ajustado do segmento de celulose fosse 17% inferior em relação ao 2T25 [Análise anterior].
O volume de vendas de papel reflete o desempenho do segmento de produtos acabados da Suzano [Análise anterior]. É um indicador importante para medir a demanda nos mercados interno e externo para papéis de imprimir e escrever, papelcartão e tissue (bens de consumo) [Análise anterior].
| Trimestre | Vendas Papel (mil t) |
|---|---|
| 1T2024 | 313 |
| 2T2024 | 333 |
| 3T2024 | 360 |
| 4T2024 | 430 |
| 1T2025 | 390 |
| 2T2025 | 411 |
| 3T2025 | 436 [Análise anterior] |
As vendas de papel (incluindo bens de consumo e a Suzano Packaging US) registraram **436 mil toneladas (0,436 milhões de toneladas)** no 3T2025 [Análise anterior]. Isso marca um **aumento de 6%** em relação ao 2T2025 (411 mil t) [Análise anterior], sendo impulsionado pelo aumento das exportações das operações no Brasil e pelo aumento nas vendas da Suzano Packaging [Análise anterior]. Na comparação anual, o crescimento foi de **21%** [Análise anterior]. As vendas no mercado interno totalizaram 248 mil toneladas, um aumento de 6% em relação ao trimestre anterior, motivado pelo desempenho de todos os segmentos de papel atendidos [Análise anterior].
A Receita Líquida consolidada reflete a combinação do volume de vendas, preços médios (em dólar) e o efeito da taxa de câmbio R$/US$ [Análise anterior]. Para a Suzano, a receita é altamente dependente do mercado externo (Celulose e Papel) [Análise anterior].
| Trimestre | Receita Líquida (R$ milhões) |
|---|---|
| 1T2024 | 9.459 |
| 2T2024 | 11.494 |
| 3T2024 | 12.274 |
| 4T2024 | 14.177 |
| 1T2025 | 11.553 |
| 2T2025 | 13.296 |
| 3T2025 | 12.153 |
A Receita Líquida consolidada totalizou **R$ 12.153 milhões** no 3T2025. Isso representa uma **queda sequencial de 9%** em relação ao 2T2025 (R$ 13.296 milhões) [115, Análise anterior] e uma queda de 1% em relação ao 3T2024 (R$ 12.274 milhões) [121, Análise anterior]. A queda sequencial é explicada pelo menor preço médio líquido da celulose em US$ (-6%), pela desvalorização do US$ médio vs. o R$ médio (-4%), e pelo menor volume vendido de celulose (-3%) [Análise anterior].
O CPV representa o custo de produção incorrido pela Suzano [Análise anterior]. A análise do CPV é fundamental para medir a eficiência na produção de celulose e papel, que é impactada por fatores como o câmbio, o custo da madeira e as paradas programadas de manutenção [Análise anterior].
| Trimestre | CPV (R$ milhões) |
|---|---|
| 1T2024 | 5.700 |
| 2T2024 | 6.093 |
| 3T2024 | 6.848 |
| 4T2024 | 8.761 |
| 1T2025 | 7.729 |
| 2T2025 | 8.608 |
| 3T2025 | 8.454 |
O CPV consolidado totalizou **R$ 8.454 milhões** no 3T2025. Houve uma **redução sequencial de 2%** em relação ao 2T2025 (R$ 8.608 milhões) [115, Análise anterior]. O CPV base caixa por tonelada (R$/t) teve uma redução de 1% (R$ 1.621/t) [Análise anterior]. Esta redução ocorreu devido à diminuição do custo caixa de produção de celulose, à desvalorização do US$ médio frente ao R$ médio (4%) e ao menor impacto de paradas programadas para manutenção [Análise anterior].
A Margem Bruta (Receita Líquida - CPV) / Receita Líquida mede a lucratividade operacional direta antes de despesas administrativas e financeiras [Análise anterior].
| Trimestre | Margem Bruta (%) |
|---|---|
| 1T2024 | 39,7% |
| 2T2024 | 47,0% |
| 3T2024 | 44,2% |
| 4T2024 | 38,2% |
| 1T2025 | 33,1% |
| 2T2025 | 35,3% |
| 3T2025 | 30,5% [46, Análise anterior] |
A Margem Bruta calculada no **3T2025 foi de 30,5%** [46, Análise anterior]. Esta margem representa uma **queda sequencial de 4,8 p.p.** em comparação com os 35,3% registrados no 2T2025 [115, Análise anterior]. A deterioração reflete o fato de a Receita Líquida ter caído mais rapidamente (9% Q-o-Q) do que o CPV (2% Q-o-Q) [Análise anterior]. A queda da Receita Líquida foi influenciada negativamente pelo menor preço médio líquido em dólar da celulose e pela desvalorização do dólar [Análise anterior].
Métrica de desempenho operacional principal (Lucro antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, ajustado para itens não recorrentes) usada pela administração da Suzano para avaliar a geração de caixa de seus segmentos [Análise anterior].
| Trimestre | EBITDA Ajustado (R$ milhões) |
|---|---|
| 1T2024 | 4.558 |
| 2T2024 | 6.288 |
| 3T2024 | 6.523 |
| 4T2024 | 6.481 |
| 1T2025 | 4.866 |
| 2T2025 | 6.087 |
| 3T2025 | 5.200 [Análise anterior] |
O EBITDA Ajustado consolidado totalizou **R$ 5.200 milhões** no 3T2025 [Análise anterior]. Isso representa uma **queda de 15%** em relação ao 2T2025 (R$ 6.087 milhões) [114, Análise anterior] e uma queda de 20% em relação ao 3T2024 (R$ 6.523 milhões) [120, Análise anterior]. A redução sequencial é explicada pela queda do preço médio líquido em US$ da celulose (-6%), pela desvalorização do US$ médio vs. o R$ médio (-4%) e pelo menor volume de vendas de celulose (-3%) [Análise anterior].
A Margem EBITDA Ajustada mede a eficiência da geração de caixa operacional em relação à Receita Líquida [Análise anterior]. É uma métrica essencial para comparar o desempenho operacional trimestral e a eficiência da gestão de custos em relação à principal métrica do setor [Análise anterior].
| Trimestre | Margem EBITDA Ajustada (%) |
|---|---|
| 1T2024 | 48% |
| 2T2024 | 55% |
| 3T2024 | 53% |
| 4T2024 | 46% |
| 1T2025 | 42% |
| 2T2025 | 46% |
| 3T2025 | 43% [Análise anterior, 128, 76] |
A Margem EBITDA Ajustada consolidada no **3T2025 foi de 43%** [Análise anterior, 128, 76]. Esta margem representa uma **queda de 3 pontos percentuais (p.p.)** em relação ao 2T2025 (46%) [114, Análise anterior] e uma queda de 10 p.p. em relação ao 3T2024 (53%) [120, Análise anterior]. A queda na margem reflete a pressão sobre os preços da celulose em dólar e os efeitos cambiais desfavoráveis sobre a receita, que superaram a eficiência de custos obtida (como a redução do custo caixa de produção de celulose) [Análise anterior].
O Resultado Líquido mede o lucro ou prejuízo final atribuível aos acionistas [Análise anterior]. Para a Suzano, este indicador é drasticamente impactado pelo Resultado Financeiro, que sofre grandes variações não caixa devido à flutuação cambial sobre a dívida em dólar e operações com derivativos [Análise anterior].
| Trimestre | Resultado Líquido (R$ milhões) |
|---|---|
| 1T2024 | 220 |
| 2T2024 | (3.766) |
| 3T2024 | 3.237 |
| 4T2024 | (6.737) |
| 1T2025 | 6.348 |
| 2T2025 | 5.012 |
| 3T2025 | 1.961 [47, Análise anterior] |
O Resultado Líquido Consolidado no **3T2025 foi de R$ 1.961 milhões** [47, Análise anterior]. Apesar de positivo, houve uma **queda acentuada** em relação ao 2T2025 (R$ 5.012 milhões) [113, Análise anterior]. A série histórica evidencia a **alta volatilidade** do Resultado Líquido [Análise anterior]. O lucro líquido é o resultado de lucros operacionais (EBITDA de R$ 5.200 milhões, Análise anterior) e, principalmente, do Resultado Financeiro [Análise anterior], que inclui ganhos ou perdas com derivativos e variações cambiais sobre a dívida [Análise anterior]. No 6M25, o Resultado Líquido acumulado foi de R$ 11.360 milhões, com ganhos líquidos com derivativos de R$ 6.352 milhões e perdas com variações cambiais e monetárias líquidas de R$ 8.193 milhões.
Métrica de rentabilidade para o acionista, calculada dividindo o Resultado Líquido (atribuível aos controladores) pelo número de ações [Análise anterior]. É o retorno mais direto para o investidor, mas herda a volatilidade do Resultado Líquido [Análise anterior].
| Trimestre | Resultado Básico por Ação (R$/ação) |
|---|---|
| 1T2024 | 0,25958 [77, Análise anterior] |
| 2T2024 | (2,76777) |
| 3T2024 | 2,74542 [Análise anterior] |
| 4T2024 | (5,33593) [Análise anterior] |
| 1T2025 | 5,16487 [2, Análise anterior] |
| 2T2025 | 4,04924 [3, Análise anterior] |
| 3T2025 | 1,58327 [Análise anterior] |
O Resultado Básico por Ação no **3T2025 foi de R$ 1,58327 por ação** [Análise anterior]. Este valor é menor que o R$ 4,04924 por ação do 2T2025 [3, Análise anterior]. O resultado por ação reflete a forte volatilidade vista no Resultado Líquido, que é comum devido aos grandes impactos cambiais não caixa [Análise anterior].
Representa o montante consolidado de dívidas (circulante e não circulante) da Companhia (Empréstimos, Financiamentos e Debêntures) [Análise anterior]. É crucial para avaliar o risco de alavancagem, especialmente porque a maior parte da dívida da Suzano é em moeda estrangeira [132, Análise anterior].
| Data de Fechamento | Dívida Bruta Total (R$ milhões) |
|---|---|
| 31/03/2024 (1T2024) | 78.950 |
| 30/06/2024 (2T2024) | 88.624 |
| 30/09/2024 (3T2024) | 87.770 [77, Análise anterior] |
| 31/12/2024 (4T2024) | 101.436 |
| 31/03/2025 (1T2025) | 91.043 |
| 30/06/2025 (2T2025) | 91.627 |
| 30/09/2025 (3T2025) | 93.000 [Análise anterior] |
Em 30 de setembro de 2025, o total da dívida bruta era de **R$ 93,0 bilhões** [Análise anterior]. A dívida bruta teve um **crescimento de 1%** em comparação com o 2T2025 (R$ 91.627 milhões) [10, Análise anterior]. **96% dos vencimentos estavam concentrados no longo prazo**, e a dívida em moeda estrangeira representava 74% da dívida total da Companhia [Análise anterior]. A Suzano encerrou o 3T25 com 40% da dívida total atrelada a instrumentos ESG [Análise anterior].
Esta métrica no Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC) indica o caixa gerado pela atividade operacional principal, líquida dos pagamentos de juros e impostos [Análise anterior]. É o indicador primário da sustentabilidade financeira das operações da empresa [Análise anterior].
| Trimestre | Caixa Op. Líquido (R$ milhões) |
|---|---|
| 1T2024 | 3.054 |
| 2T2024 | 6.069 |
| 3T2024 | 5.279 [105, Análise anterior] |
| 4T2024 | 6.203 [105, Análise anterior] |
| 1T2025 | 4.341 [Análise anterior] |
| 2T2025 | 4.341 [Análise anterior] |
| 3T2025 | 4.034 [Análise anterior] |
O Caixa Líquido Gerado nas Atividades Operacionais no **3T2025 foi de R$ 4.034 milhões** [Análise anterior]. Isso representa uma **leve queda sequencial** em relação ao 2T2025 (R$ 4.341 milhões) [Análise anterior], mas mantém a forte tendência de geração de caixa observada em 2024 e 2025 [Análise anterior]. A capacidade de gerar consistentemente mais de **4 bilhões de reais em caixa operacional por trimestre** (em 2025) sustenta a continuidade das atividades e o robusto patamar de investimentos da Companhia [Análise anterior].
Este ajuste reflete o impacto contábil não caixa da valorização ou desvalorização do Real sobre ativos e passivos em moeda estrangeira (dívida, contas a receber) [Análise anterior]. É fundamental para entender a volatilidade do Resultado Líquido da Suzano, dado o desalinhamento monetário de sua dívida [Análise anterior].
| Trimestre | Var. Cambiais/Monet. Líq. (R$ milhões) |
|---|---|
| 1T2024 | 1.699 (Ganho) |
| 2T2024 | 6.487 (Ganho) |
| 3T2024 | (1.231) (Perda) |
| 4T2024 | 8.930 (Ganho) |
| 1T2025 | 5.204 (Ganho) |
| 2T2025 | 2.989 (Ganho) |
| 3T2025 | (190) (Perda) [Análise anterior, 47] |
A Companhia registrou uma **Perda de R$ 189,685 milhões em variações cambiais e monetárias líquidas no 3T2025** [Análise anterior, 47]. O valor acumulado nos primeiros nove meses de 2025 foi uma perda de R$ 8.382,770 milhões. Este é um resultado relativamente neutro em comparação com os altos ganhos e perdas observados nos trimestres anteriores, demonstrando a extrema sensibilidade da Suzano à taxa de câmbio [Análise anterior]. A variação cambial líquida baixa (próxima a zero) sugere uma estabilização da taxa de câmbio ou que os efeitos de hedge neutralizaram os movimentos no período [Análise anterior].
A única exceção de volume expressa em milhões de unidades por extenso é o contrato de permuta de ativo biológico com a Eldorado, que corresponde a **18 milhões de metros cúbicos de madeira em pé** [29, 38, 111, Análise anterior].
A Suzano mantém uma posição robusta em caixa e aplicações financeiras, bem como sua política de *hedge*. As informações trimestrais foram preparadas de acordo com o CPC 21 (R1) e IAS 34, e estão em consonância com as normas da CVM e IFRS. A Companhia está sujeita às novas regras globais de tributação (Pilar Dois/GloBE) em certas jurisdições europeias, como a Áustria, e ao Adicional de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) no Brasil, mas, até o momento, não é previsto impacto relevante nas demonstrações financeiras em função deste tema, conforme apurações das Regras Simplificadoras GloBE de Transição (RSGT).
Este é o modelo de relatório obrigatório que foi memorizado e será aplicado para a análise de empresas da bolsa de valores, como a Suzano S.A.
A Suzano opera principalmente nos segmentos de Celulose (produção e comercialização de celulose de eucalipto de fibra curta e fluff para o mercado externo) e Papel (produção e venda de papel para os mercados interno e externo). Devido à sua natureza de exportadora de commodity e sua estrutura de capital intensivo, a análise focará em métricas operacionais (volume, margem, custo) e financeiras (endividamento, resultado cambial).
A primeira ação é selecionar e listar os 12 indicadores/múltiplos mais relevantes e adequados especificamente para a empresa em análise (ex: bancos focam em ROE e Basel, varejo em GMV e Margem Bruta, etc.). O volume de vendas de celulose mede a produção central e o alcance comercial da Suzano em sua atividade principal (Celulose). É um indicador crucial, pois a celulose é uma commodity cuja demanda global e capacidade de produção (paradas de manutenção) impactam diretamente a Receita Líquida.
| Trimestre | Vendas Celulose (mil t) |
|---|---|
| 1T2024 | 2.401 |
| 2T2024 | 2.545 |
| 3T2024 | 2.635 |
| 4T2024 | 2.761 |
| 1T2025 | 2.651 |
| 2T2025 | 3.269 |
| 3T2025 | 3.165 |
O volume de vendas de celulose atingiu 3.165 mil t no 3T2025. Este volume representa uma redução sequencial de 3% em relação ao 2T2025 (3.269 mil t), o que pode ser reflexo de paradas programadas ou logística. No entanto, o volume no 3T2025 é 20% superior ao 3T2024 (2.635 mil t). A série histórica demonstra um crescimento consistente nos volumes de vendas de celulose ao longo de 2024 e 2025, evidenciando uma forte demanda global pela celulose de eucalipto da Suzano e a manutenção de sua relevância no setor.
O volume de vendas de papel (incluindo bens de consumo) reflete o desempenho do segmento de produtos acabados da Suzano. Embora menor em receita que a celulose, indica a saúde da demanda nos mercados interno e externo para impressão, escrita e embalagens.
| Trimestre | Vendas Papel (mil t) |
|---|---|
| 1T2024 | 313 |
| 2T2024 | 333 |
| 3T2024 | 360 |
| 4T2024 | 386 |
| 1T2025 | 390 |
| 2T2025 | 411 |
| 3T2025 | 436 |
As vendas de papel registraram 436 mil t no 3T2025, marcando um aumento de 6% em relação ao 2T2025 (411 mil t). Na comparação anual, o crescimento foi de 21% em relação ao 3T2024 (360 mil t). Este crescimento sequencial reflete o aumento das vendas nas linhas de papel não-revestidos no Brasil, impulsionadas pela sazonalidade histórica e pelas melhores perspectivas para o Programa Nacional do Livro Didático.
A Receita Líquida consolidada mede o desempenho comercial total da Companhia. Para a Suzano, este valor é altamente sensível aos preços da celulose em dólar e à taxa de câmbio R$/US$.
| Trimestre | Receita Líquida (R$ mil) |
|---|---|
| 1T2024 | 9.458.602 |
| 2T2024 | 11.494.136 |
| 3T2024 | 12.273.546 |
| 4T2024 | 14.176.998 |
| 1T2025 | 11.552.921 |
| 2T2025 | 13.295.895 |
| 3T2025 | 12.153.145 |
A Receita Líquida consolidada totalizou R\$ 12.153.145 mil no 3T2025. Houve uma queda sequencial em comparação com o 2T2025 (R$ 13.295.895 mil). Essa redução na receita trimestral, apesar do volume de papel ter crescido e do volume de celulose ter caído marginalmente, sugere que o principal vetor de receita (preço da celulose em dólar e/ou taxa de câmbio de conversão média) pode ter sido menos favorável no trimestre, compensando os altos volumes do período. O valor de 3T25 foi calculado pela diferença entre a Receita Líquida de 9M25 (37.001.961 mil) e 6M25 (24.848.816 mil).
O CPV representa o custo de produção incorrido pela Suzano. A eficiência na gestão do CPV (que inclui custos logísticos, materiais e depreciação) é crucial para a margem bruta da Companhia em um ambiente de commodity.
| Trimestre | CPV (R$ mil) |
|---|---|
| 1T2024 | (5.699.870) |
| 2T2024 | (6.093.238) |
| 3T2024 | (6.847.701) |
| 4T2024 | (8.760.717) |
| 1T2025 | (7.729.167) |
| 2T2025 | (8.608.124) |
| 3T2025 | (8.453.761) |
O CPV consolidado no 3T2025 foi de R\$ (8.453.761) mil (calculado pela diferença entre 9M25 e 6M25). Este valor mostra uma leve redução sequencial em relação ao 2T2025 (R$ 8.608.124 mil). A manutenção de um CPV em patamares elevados (apesar da leve queda Q-o-Q) reflete os volumes de vendas e a necessidade de absorver custos operacionais, logísticos e de matérias-primas, que são sensíveis ao câmbio e à inflação. O CPV mais controlado no 3T2025, em conjunto com a queda da Receita Líquida, resultou em pressão sobre a Margem Bruta.
Indica a porcentagem da Receita Líquida que se transforma em Lucro Bruto. É uma medida direta da lucratividade operacional antes das despesas administrativas e financeiras, sendo altamente correlacionada com os preços globais da celulose.
| Trimestre | Margem Bruta (%) |
|---|---|
| 1T2024 | 40% |
| 2T2024 | 47% |
| 3T2024 | 44% |
| 4T2024 | 35% |
| 1T2025 | 33% |
| 2T2025 | 35% |
| 3T2025 | 30% |
A Margem Bruta consolidada caiu para 30% no 3T2025. Esta queda de 5 pontos percentuais em comparação com os 35% registrados no 2T2025. A margem alcançada no 3T2025 é o ponto mais baixo na série histórica de 1T2024 a 3T2025. Esta deterioração sequencial da margem bruta, juntamente com o recuo na Receita Líquida, sugere que, embora o CPV tenha se estabilizado, os preços médios de venda podem ter sofrido pressão no mercado setorial, afetando a rentabilidade básica da Companhia.
Métrica de desempenho operacional principal (Lucro antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, ajustado para itens não recorrentes) usada pela administração da Suzano para avaliar a geração de caixa de seus segmentos.
| Trimestre | EBITDA Ajustado (R$ mil) |
|---|---|
| 1T2024 | 4.557.906 |
| 2T2024 | 6.287.868 |
| 3T2024 | 6.522.508 |
| 4T2024 | 6.480.919 |
| 1T2025 | 4.865.774 |
| 2T2025 | 6.087.418 |
| 3T2025 | Dado não disponível |
O último dado disponível mostra o EBITDA Ajustado em R\$ 6.087.418 mil no 2T2025, um aumento de 25% em relação ao 1T2025 (R$ 4.865.774 mil). Embora o dado de 3T2025 não esteja explicitamente disponível nos excertos, o EBITDA Ajustado do 2T2025 reflete a resiliência operacional e o aumento da Margem EBITDA Ajustada (46%). A volatilidade no indicador ao longo da série se deve principalmente à dinâmica dos preços das commodities, mas o patamar elevado no 2T2025 indica uma forte capacidade de geração de lucro operacional antes dos efeitos contábeis da dívida e depreciação.
A Margem EBITDA Ajustada mede a eficiência da geração de caixa operacional em relação à Receita Líquida. É uma métrica essencial para comparar o desempenho operacional trimestral e a eficiência da gestão de custos em relação à principal métrica do setor.
| Trimestre | Margem EBITDA Ajustada (%) |
|---|---|
| 1T2024 | 48% |
| 2T2024 | 55% |
| 3T2024 | 53% |
| 4T2024 | 46% |
| 1T2025 | 42% |
| 2T2025 | 46% |
| 3T2025 | Dado não disponível |
A Margem EBITDA Ajustada no 2T2025 foi de 46%, superando os 42% do 1T2025. O pico da Margem EBITDA Ajustada ocorreu no 2T2024 (55%). O 2T2025 marcou uma recuperação importante nas margens após a baixa do 1T2025, sugerindo uma melhora na relação entre preço e custo operacional. Em um cenário setorial de custos sensíveis ao câmbio, manter a margem próxima a 50% é um indicativo de custo-caixa competitivo da Companhia.
O Resultado Líquido mede o lucro ou prejuízo final atribuível aos acionistas. Para a Suzano, este indicador é drasticamente impactado pelo Resultado Financeiro, que sofre grandes variações não caixa devido à flutuação cambial sobre a dívida em dólar e operações com derivativos.
| Trimestre | Resultado Líquido (R$ mil) |
|---|---|
| 1T2024 | 220.032 |
| 2T2024 | (3.765.517) |
| 3T2024 | 3.237.351 |
| 4T2024 | (6.736.572) |
| 1T2025 | 6.348.178 |
| 2T2025 | 5.011.953 |
| 3T2025 | 1.961.387 |
O Resultado Líquido no 3T2025 foi de R\$ 1.961.387 mil. Este valor é resultado do Lucro Líquido acumulado de 9M25 (13.321.518 mil) menos o Lucro Líquido de 6M25 (11.360.131 mil). Apesar de positivo, houve uma queda acentuada em relação ao 2T2025 (R$ 5.011.953 mil). A série histórica evidencia a alta volatilidade do Resultado Líquido, que registrou grandes prejuízos em 2024 (2T24 e 4T24), contrastando com altos lucros em 2025 (1T25 e 2T25), impulsionados em grande parte pelo Resultado Financeiro.
Métrica de rentabilidade para o acionista, calculada dividindo o Resultado Líquido (atribuível aos controladores) pelo número de ações. É o retorno mais direto para o investidor, mas herda a volatilidade do Resultado Líquido.
| Trimestre | Resultado Básico por Ação (R$/ação) |
|---|---|
| 1T2024 | 0,25958 |
| 2T2024 | (2,76777) |
| 3T2024 | 2,74542 |
| 4T2024 | (5,33593) |
| 1T2025 | 5,16487 |
| 2T2025 | 4,04924 |
| 3T2025 | 1,58327 |
O Resultado Básico por Ação no 3T2025 foi de R\$ 1,58327 por ação. Este valor é menor que o R$ 4,04924 por ação do 2T2025. A série demonstra que a Suzano conseguiu manter resultados positivos em 2025, refletindo o forte Resultado Líquido (embora em queda) sustentado pela dinâmica cambial e o resultado de derivativos.
Representa o montante consolidado de dívidas (circulante e não circulante) da Companhia. Este passivo é essencial para o financiamento de ativos e é crucial para a análise de risco de liquidez e alavancagem.
| Data de Fechamento | Endividamento Total (R$ mil) |
|---|---|
| 31/03/2024 (1T2024) | 77.172.692 |
| 30/06/2024 (2T2024) | 101.435.531 |
| 30/09/2024 (3T2024) | 87.770.452 |
| 31/12/2024 (4T2024) | 101.435.531 |
| 31/03/2025 (1T2025) | 91.043.000 |
| 30/06/2025 (2T2025) | 91.627.156 |
| 30/09/2025 (3T2025) | 92.535.395 |
O Endividamento Total (Empréstimos, Financiamentos e Debêntures) em 30 de setembro de 2025 foi de R\$ 92.535.395 mil (Circulante: 3.790.079 + Não Circulante: 88.745.316). Este valor representa um ligeiro aumento de 1% em relação ao 30/06/2025 (R$ 91.627.156 mil). A dívida total da Suzano é majoritariamente em moeda estrangeira, e sua variação é sensível às flutuações cambiais. O Endividamento Não Circulante em 30/06/2025 era de R$ 88.745.316 mil. A Companhia não possui cláusulas restritivas financeiras (covenants financeiros) a serem cumpridas.
Esta métrica no Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC) indica o caixa gerado pela atividade operacional principal, líquida dos pagamentos de juros e impostos. É o indicador primário da sustentabilidade financeira das operações da empresa.
| Trimestre | Caixa Op. Líquido (R$ mil) |
|---|---|
| 1T2024 | 3.054.128 |
| 2T2024 | 6.068.541 |
| 3T2024 | 5.278.884 |
| 4T2024 | 6.202.874 |
| 1T2025 | 4.417.690 |
| 2T2025 | 4.340.575 |
| 3T2025 | 4.034.257 |
O Caixa Líquido Gerado nas Atividades Operacionais no 3T2025 foi de R\$ 4.034.257 mil (calculado pela diferença entre 9M25: 12.792.522 mil e 6M25: 8.758.265 mil). Isso representa uma leve queda sequencial em relação ao 2T2025 (R$ 4.340.575 mil). Durante o período de nove meses findo em 30 de setembro de 2025, o caixa consolidado gerado na operação foi utilizado em sua maior parte para investimentos e pagamentos de juros e amortizações. A Companhia mantém uma postura conservadora e uma posição robusta em caixa e aplicações financeiras.
Este ajuste reflete o impacto contábil não caixa da valorização ou desvalorização do Real sobre ativos e passivos em moeda estrangeira (dívida, contas a receber). É fundamental para entender a volatilidade do Resultado Líquido da Suzano, dado o desalinhamento monetário de sua dívida.
| Trimestre | Var. Cambiais/Monet. Líq. (R$ mil) |
|---|---|
| 1T2024 | 1.699.328 (Ganho) |
| 2T2024 | 4.787.001 (Ganho) |
| 3T2024 | (1.231.379) (Perda) |
| 4T2024 | 8.929.715 (Ganho) |
| 1T2025 | (5.204.286) (Perda) |
| 2T2025 | 2.988.799 (Ganho) |
| 3T2025 | (189.685) (Perda) |
A Companhia registrou uma Perda de R\$ (189.685) mil em variações cambiais e monetárias líquidas no 3T2025 (calculado pela diferença entre 9M25: (8.382.770) mil e 6M25: (8.193.085) mil). Este é um resultado relativamente neutro em comparação com os altos ganhos e perdas observados nos trimestres anteriores, demonstrando a extrema sensibilidade da Suzano à taxa de câmbio. Uma variação cambial líquida baixa sugere uma estabilização da taxa de câmbio. Para a análise de risco, a taxa R$/US$ na base do balanço patrimonial de 30 de setembro de 2025 era de R$5,3186.
Fim do Relatório Gerado.
O relatório a seguir detalha 12 múltiplos financeiros importantes para a Suzano S.A., baseando-se nas informações trimestrais consolidadas fornecidas para o período de 1T2024 a 3T2025. As informações trimestrais consolidadas foram elaboradas em conformidade com o CPC 21 (R1) – Demonstração Intermediária e IAS 34 – Interim Financial Reporting, bem como as normas da CVM e IFRS.
| # | Múltiplo | Definição | Significado |
|---|---|---|---|
| 1 | Receita Líquida (RL) | Receita bruta de vendas de produtos e serviços, subtraída de impostos sobre vendas e deduções. | Mede o volume de vendas efetivas da Companhia, refletindo o desempenho comercial. |
| 2 | Lucro Bruto (LB) | Receita Líquida subtraída do Custo dos Produtos Vendidos (CPV). | Demonstra a rentabilidade básica da operação industrial, refletindo a eficiência da produção e a gestão de custos diretos. |
| 3 | EBITDA Ajustado | Lucro operacional antes de juros, impostos, depreciação e amortização, ajustado por itens não recorrentes (como valor justo de ativo biológico, equivalência patrimonial ou *impairment* de subsidiárias). | É uma medida chave da geração de caixa operacional antes de efeitos financeiros e contábeis não recorrentes. |
| 4 | Margem EBITDA Ajustada (%) | EBITDA Ajustado dividido pela Receita Líquida. | Indica a porcentagem de cada real de receita que se transforma em lucro operacional ajustado, medindo a eficiência de custos. |
| 5 | Resultado Líquido do Período | Lucro ou prejuízo final após todos os custos, despesas, resultado financeiro e impostos. | Reflete a performance total da Companhia em um período, o valor disponível aos acionistas. |
| 6 | Resultado Básico por Ação (RPA) | Resultado atribuível aos acionistas controladores dividido pela quantidade média ponderada de ações em circulação. | Métrica fundamental para avaliar a rentabilidade sob a perspectiva do acionista individual. |
| 7 | Dívida Bruta Total | Soma dos empréstimos, financiamentos e debêntures (circulante e não circulante). | Representa o passivo total da Companhia decorrente de captações. |
| 8 | Dívida Líquida (DL) | Dívida Bruta total menos Caixa e Equivalentes de Caixa e Aplicações Financeiras. | É a medida mais precisa do endividamento real da empresa, considerando sua liquidez. |
| 9 | Alavancagem (DL/EBITDA Ajustado R$) (x) | Relação entre a Dívida Líquida e o EBITDA Ajustado (calculado nos últimos 12 meses - LTM). | Métrica essencial de solvência que indica a capacidade de pagamento da dívida através da geração de caixa operacional. |
| 10 | Caixa e Equivalentes de Caixa | Saldo final de recursos líquidos de alta liquidez mantidos pela Companhia. | Representa a liquidez imediata da empresa para honrar compromissos de curto prazo. |
| 11 | Investimentos (Capex Total) | Desembolsos em Manutenção, Expansão e Modernização, Terras e Florestas, e no Projeto Cerrado. | Representa o investimento em manutenção e expansão da capacidade produtiva da Companhia. |
| 12 | Volume de Vendas - Total (mil ton) | Volume total de vendas de celulose e papel em milhares de toneladas. | Métrica operacional fundamental que reflete a demanda por produtos da Suzano. |
Os valores são expressos em milhões de Reais (R$ mil), exceto onde indicado.
| Múltiplo | 1T2024 | 2T2024 | 3T2024 | 4T2024 | 1T2025 | 2T2025 | 3T2025 |
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| 1. Receita Líquida | 9.458.602 | 11.494.136 | 12.273.546 | 14.176.998 | 11.552.921 | 13.295.895 | 12.153.145 |
| 2. Lucro Bruto | 3.758.732 | 5.400.898 | 5.425.845 | 5.416.281 | 3.823.754 | 4.687.771 | 3.699.384 (C) |
| 3. EBITDA Ajustado | 4.557.906 | 6.287.868 | 6.522.508 | 6.480.919 | 4.865.774 | 6.087.418 | 5.200.000 |
| 4. Margem EBITDA Ajustada (%) | 48% | 55% | 53% | 46% | 42% | 46% | 43% |
| 5. Resultado Líquido | 220.032 | (3.765.517) | 3.237.351 | (6.736.572) | 6.348.178 | 5.011.953 | 1.961.387 |
| 6. Resultado Básico por Ação (R$/ação) | N/D | (2,93809) | N/D | N/D | N/D | 4,04924 | N/D |
| 7. Dívida Bruta Total | 78.950 | 88.624 | 87.770 | 101.436 | 91.043 | 91.627 | 93.435 |
| 8. Dívida Líquida | 59.626 | 66.563 | 70.175 | 79.053 | 74.209 | 70.840 | 69.862 (C) |
| 9. Alavancagem (DL/EBITDA R$) (x) (LTM) | 3,6 x | 3,5 x | 3,2 x | 3,3 x | 3,1 x | 3,0 x | 3,1 x (C) |
| 10. Caixa e Equivalentes de Caixa | 4.203.126 | 22.062 | 17.596 | 22.382 | 16.833 | 12.283.589 | 15.838.866 |
| 11. Investimentos (Capex Total) (R$ mil) | 4.243.000 | 4.326.000 | 7.692.000 | 4.309.000 | 3.553.000 | 3.180.000 | 3.589.000 (C) |
| 12. Volume de Vendas - Total (mil ton) | 2.714 | 2.878 | 2.995 | 3.714 | 3.041 | 3.680 | 3.601 |
*(C): Valor calculado com base nos dados consolidados disponíveis nos Balanços Patrimoniais e Demonstrações de Fluxo de Caixa ou Releases de Resultados (e.g., Lucro Bruto 3T25 = LB 9M25 (12.210.909) - LB 6M25 (8.511.525)). DL 3T25 = Dívida Bruta (93.435) - Caixa (15.839) - Aplicações Financeiras (7.735). Alavancagem 3T25 = DL / EBITDA LTM (22.634). Capex Total 3T25 = Manutenção (1.785) + Ex-Manutenção (1.804).
O terceiro trimestre de 2025 (3T2025) reflete uma performance de solidez na geração de caixa operacional e liquidez, embora com uma moderação sequencial na rentabilidade e no volume de vendas em comparação ao 2T2025.
Para simplificar a complexidade dos resultados, a Suzano pode ser vista como uma fábrica de commodities global. A Receita Líquida é o fluxo de vendas no mercado mundial, enquanto o EBITDA Ajustado é o motor principal que gera caixa puro. O saldo de Caixa e Equivalentes de Caixa acumulado é o "tanque de combustível" da empresa; no 3T2025, a Suzano encheu significativamente o seu tanque (R$ 15.8 bilhões), garantindo resiliência, mesmo que a eficiência do motor (Margem EBITDA Ajustada) tenha diminuído ligeiramente (43%) após um trimestre de vendas muito fortes.