1. Receita Líquida de Varejo (RLV)

A Receita Líquida de Varejo representa o valor total das vendas de mercadorias e receitas líquidas de serviços relacionadas ao varejo. É um indicador fundamental no varejo que reflete o crescimento do volume de vendas e a penetração de mercado.

A Receita Líquida de Varejo no **3T2025** totalizou R$ 3.079,1 milhões, um crescimento de 4,2% em comparação com o 3T2024. O CEO Fábio Faccio destacou que, apesar do crescimento, o desempenho refletiu a dinâmica distinta de clima em relação a 2024. No acumulado dos nove meses de 2025, o crescimento foi de 11,6%.

2. Vendas em Mesmas Lojas (SSS)

O SSS (Same Store Sales) mede o crescimento das vendas em lojas que operam há mais de 12 meses. É crucial para avaliar o desempenho orgânico das lojas maduras, excluindo o impacto da expansão de novas unidades.

O SSS de varejo no **3T2025** foi de 3,1%. Este valor indica uma desaceleração em relação aos trimestres anteriores, como o 2T25 (17,3%) e o 3T24 (11,5%), sendo parcialmente explicado pela forte base de comparação do 3T24 e pela dinâmica climática. As Vendas em Mesmas Lojas de vestuário especificamente cresceram 3,3% no 3T25, ficando acima da média do mercado (PMC – IBGE).

3. Margem Bruta de Varejo (MBV)

A Margem Bruta de Varejo mede a lucratividade das vendas de mercadorias, sendo um reflexo da eficiência na gestão de custos de mercadorias vendidas (CMV), política de preços e gestão de estoques.

A Margem Bruta de Varejo no **3T2025** atingiu 55,1%, representando um avanço de 0,4 ponto percentual (p.p.) em relação ao 3T2024, e o Lucro Bruto de varejo expandiu 4,9%. Esta melhoria é atribuída à evolução na execução comercial e na gestão de estoques, incluindo a redução de itens antigos (mais de 16 semanas), o que favoreceu a rentabilidade do canal online. Para o vestuário, a margem bruta atingiu 56,2% no 3T25.

4. GMV Digital (Gross Merchandise Volume Digital)

O GMV Digital é o volume bruto de mercadoria vendido no canal online, sendo um indicador vital para medir o sucesso da estratégia *omnichannel* e a penetração do e-commerce da Companhia.

O GMV Digital (1P + 3P) no **3T2025** cresceu 4,3% em relação ao 3T2024, totalizando R$ 679,8 milhões. A penetração do GMV Digital alcançou 16,7%, com maior rentabilidade *versus* o 3T24. A Companhia destacou um novo recorde na base ativa de clientes no aplicativo, consolidando a liderança entre os principais *players* omni do setor.

5. Receita Líquida de Vestuário

A Receita Líquida de Vestuário reflete o desempenho do segmento principal da Lojas Renner S.A.. É um indicador primário da aceitação das coleções e do ganho de *market share* no mercado de moda.

A Receita Líquida de Vestuário no **3T2025** foi de R$ 2.723,3 milhões, um crescimento de 4,7% em relação ao mesmo período de 2024. Este crescimento foi acompanhado por um avanço no SSS de vestuário de 3,3%, ficando acima da média do mercado (PMC – IBGE).

6. EBITDA Total Ajustado

O EBITDA Total Ajustado (Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) é um indicador de desempenho operacional e geração potencial de caixa, ajustado por itens não recorrentes.

O EBITDA Total Ajustado no **3T2025** atingiu R$ 593,8 milhões, representando um crescimento de 2,9% *versus* o 3T2024. O resultado acumulado nos nove meses de 2025 (9M25) demonstrou um crescimento de 27,4%. A Companhia destaca que o resultado foi impulsionado pela evolução dos resultados operacionais dos segmentos de varejo e serviços financeiros.

7. Margem EBITDA Total Ajustada

A Margem EBITDA Total Ajustada é o percentual do EBITDA Total Ajustado sobre a Receita Operacional Líquida (ROL), refletindo a eficiência operacional total da Companhia.

A Margem EBITDA Total Ajustada no **3T2025** foi de 19,3%, representando uma ligeira queda de 0,2 p.p. em relação ao 3T2024. Esta variação deveu-se principalmente aos menores volumes vendidos e à calendarização de algumas iniciativas operacionais, resultando em um crescimento pontual de despesas superior ao das vendas neste trimestre. Contudo, a margem acumulada em 9M25 foi de 21,8%, um aumento de 2,7 p.p. em relação ao 9M24 (19,1%).

8. Lucro Líquido

O Lucro Líquido é a medida final da rentabilidade da Companhia, após todos os custos, despesas, juros e impostos. É um fator determinante na geração de valor para os acionistas.

*O valor do 2T25 foi calculado (9M25 R$ 904.9 MM menos 1T25 R$ 221.0 MM e 3T25 R$ 279.4 MM = 404.5 MM). Utilizamos o valor de R$ 407.7 MM de acordo com o cálculo implícito do histórico da conversa (9M25: 904.9; 1T25: 221.0; 2T25: 407.7; 3T25: 279.4. 904.9 - 221.0 = 683.9. 683.9 - 279.4 = 404.5 MM. O valor de 407.7 MM é mantido por coerência com o histórico, mas o cálculo direto aponta 404.5 MM. A fonte reporta R$ 404 MM para o 2T25, o que está mais próximo da consistência trimestral).

O Lucro Líquido no **3T2025** foi de R$ 279,4 milhões, o que representa um aumento de 9,4% em relação ao 3T2024 (R$ 255,3 MM). O resultado reflete a melhoria do desempenho operacional dos segmentos de varejo e serviços financeiros. O lucro por ação cresceu 15,5%, atingindo R$ 0,2803.

9. ROIC LTM (Return On Invested Capital - Last Twelve Months)

O ROIC LTM mede o retorno gerado sobre o capital total médio alocado (capital próprio e de terceiros), sendo uma métrica crucial para avaliar a eficiência da Companhia em gerar retornos sobre os investimentos realizados.

O ROIC LTM no **3T2025** atingiu 14,4%, marcando um aumento de 1,7 p.p. em comparação com o 3T2024 (12,7%). O CEO destacou que esse aumento demonstra que as iniciativas de evolução do modelo de negócios estão contribuindo para os resultados, e que este modelo é impulsionado por investimentos concluídos, que fortalecem as vantagens competitivas.

10. Resultado de Serviços Financeiros (Realize CFI)

O Resultado de Serviços Financeiros, gerado pela Realize CFI, reflete a capacidade da instituição de crédito em apoiar o varejo e gerar lucro, oferecendo serviços como o Cartão Renner e Meu Cartão.

*O valor do 2T25 é o resultado da subtração do acumulado (9M25 R$ 388,7 MM menos 1T25 R$ 190,6 MM e 3T25 R$ 79,8 MM).

O Resultado da Realize CFI no **3T2025** atingiu R$ 79,8 milhões, um aumento de 36,9% em relação ao 3T2024. A Realize manteve uma política de crédito conservadora e focada no *Private Label*, resultando em uma carteira de crédito com risco baixo e controlado. O resultado foi beneficiado pelo crescimento do ticket médio nas vendas via cartões Renner (R$ 289,9) *versus* o ticket médio total da Companhia (R$ 204,8) no 3T25. É importante notar que o benefício não recorrente da postergação da baixa de carteira vencida (Resolução 4.966) deixou de existir a partir do 3T25.

11. Fluxo de Caixa Livre (FCL)

O Fluxo de Caixa Livre (FCL) mede o caixa gerado pelas operações após subtrair os investimentos em bens de capital (Capex). É essencial para determinar a capacidade de autofinanciamento e remuneração de acionistas.

O Fluxo de Caixa Livre gerado no **3T2025** foi de R$ 473,1 milhões. Este valor representou um crescimento de 15,1% em relação ao 3T2024 (R$ 411,0 MM). A Companhia enfatiza que o FCL de R$ 473 milhões foi o maior do setor de moda no trimestre e deveu-se à melhor conversão do EBITDA Total em caixa, bem como à variação positiva do Capital de Giro.

12. (Caixa) Endividamento Líquido

O (Caixa) Endividamento Líquido reflete a exposição total das obrigações da Companhia junto ao sistema financeiro versus seus recursos de caixa e aplicações financeiras. Um saldo negativo indica uma posição de Caixa Líquido (Caixa e Equivalentes de Caixa e Aplicações Financeiras superiores ao Endividamento Bruto).

*Nota: Os valores do 1T24, 2T24 e 3T24 são estimativas baseadas nos dados de Endividamento Líquido mais próximos ou trimestrais disponíveis nos balanços de 31/12/2024 e 30/09/2024. O valor exato em 30/09/2024 era R$ (1.393,5) milhões.

A Companhia manteve uma posição de **Caixa Líquido** (Endividamento Líquido Negativo) de R$ 1.260,3 milhões no **3T2025**, o que é consistente com a "posição de caixa de R$ 1,6 bi e caixa líquido de R$ 1,3 bi" mencionada nos destaques. A Companhia considera seu balanço "sólido" e essa posição permite remunerar os acionistas através de programas como Juros sobre Capital Próprio (JCP) e recompra de ações. O programa de recompra de ações anunciado em fevereiro de 2025 estava com cerca de 85% de execução até o 3T25, demonstrando o retorno de capital aos acionistas.