Copilot_20251128_105231.png
Relatório Petrobras 2026–2030

RELATÓRIO PESTR 2026–2030

Plano Estratégico Petrobras — síntese crítica de investimento, produção, dividendos e riscos

VISÃO GERAL

Resumo: A Petrobras aprovou US$ 109 bilhões em investimentos para 2026–2030, reduzindo 1,8% versus o plano anterior, com foco em projetos de maior retorno no Pré-Sal (ex.: Búzios), manutenção da disciplina financeira e ausência de dividendos extraordinários.

Investimentos aprovados
US$ 109 bi
Dividendos ordinários (faixa)
US$ 45–50 bi
Premissa Brent (anos do ciclo)
US$ 70/barril
Nota de sensibilidade: Cada queda de US$ 10/barril no Brent reduz o fluxo de caixa operacional anual em ~US$ 5 bilhões.

PRODUÇÃO E COMPETITIVIDADE

Curva revisada: O plano eleva a trajetória de produção, apoiada em barris de alta qualidade e baixas taxas de declínio, reforçando o potencial de geração de caixa no longo prazo segundo o JPMorgan.

Diferencial estrutural: A combinação de produtividade do Pré-Sal e disciplina de CAPEX sustenta tese de crescimento disciplinado e criador de valor, mantendo limites no balanço patrimonial.

DIVIDENDOS E ATRATIVIDADE

Faixa projetada: Dividendos ordinários de US$ 45–50 bilhões para o ciclo, sem previsão de extraordinários (antes até US$ 10 bi), com estimativa de dividend yield ~9% para 2026 em cenário base do Goldman Sachs.

Dependências: A atratividade depende de premissas de Brent e câmbio, além da execução física e financeira dos projetos — pontos de atenção ressaltados por Genial e Goldman.

PREMISSAS DE MERCADO E SENSIBILIDADE

Brent: A Petrobras utiliza US$ 70/barril na maioria dos anos do ciclo; a Genial considera a curva mais otimista que a futura atual (US$ 62 em 2025, subindo gradualmente até ~US$ 68 em 2030). Sensibilidade: −US$ 10/barril implica −US$ 5 bi/ano em OCF.

Implicações: Premissas mais conservadoras aumentariam a percepção de resiliência; por outro lado, manter US$ 70 sustenta projeções de dividendos, mas eleva risco de frustração sob choques macro.

RISCOS E EXECUÇÃO

Pipeline em avaliação: Maior participação de projetos “em avaliação” adiciona incerteza de materialização e cronograma. O CFO indicou possibilidade de postergação de investimentos não contratados se o Brent pressionar.

Leitura do mercado: Goldman vê cenário neutro com riscos de curto prazo no preço do petróleo; Bradesco BBI aponta preocupação com CAPEX de curto prazo e prefere premissas mais conservadoras para validar a resiliência.

CONCLUSÃO E DIRECIONAMENTOS

Conclusão: O plano equilibra crescimento no core de alta qualidade, disciplina financeira e remuneração ordinária, com riscos concentrados em preço do Brent e execução de projetos. A tese permanece atrativa, mas sensível a macro e cronograma.

  • Acompanhar contratações e marcos de projetos para reduzir incerteza de materialização.
  • Stress test cenários de Brent (US$ 60–70) para validar dividendos e alavancagem.
  • Disciplina priorizar CAPEX em ativos com melhor retorno e baixo declínio.