Enriquecimento do Relatório de Resultados TIM S.A. (1T24 - 3T25)

Relatório Enriquecido: Análise da Trajetória de Valor da TIM S.A. (1T24 – 3T25)

A trajetória da TIM S.A. no período de 1T24 a 3T25 é marcada por crescimento consistente, disciplina de custos e potente geração de caixa, conforme os destaques financeiros e operacionais registrados nos resultados trimestrais. O 2T25 foi, inclusive, considerado o **melhor segundo trimestre da história da empresa**.

1. Desempenho Financeiro Consolidado (9M25)
Métrica (9 Meses 2025) Valor (R$ Milhões) Crescimento A/A (vs 9M24) Tendência
Receita Líquida Total 19.705 +4,7% Forte expansão da receita de serviços, impulsionada pelo móvel
EBITDA Normalizado 9.905 +6,7% Sólido crescimento, com disciplina de custos
Lucro Líquido Normalizado 2.994 +42,2% Expansão robusta, impulsionada pela eficiência operacional
EBITDA-AL Normalizado - Capex (FCO) 4.457 +11,8% Potente geração de caixa operacional

Observação sobre o Lucro Líquido:

  • O Lucro Líquido Normalizado atingiu R$ 1.208 milhões no 3T25, representando um aumento de 50,0% A/A. Este crescimento robusto e contínuo resultou no maior lucro líquido da história da TIM.
  • A Margem EBITDA Normalizada também demonstrou solidez, atingindo 51,7% no 3T25, expandindo 1,3 p.p. A/A.
2. Evolução Operacional, Eficiência e Investimentos (1T24 - 3T25)

2.1. Crescimento da Receita e Monetização da Base Móvel

O crescimento da Receita de Serviços Móveis foi impulsionado pela performance robusta no segmento Pós-pago.

  • A Receita do Pós-pago expandiu 10,9% A/A no 3T25.
  • O **ARPU (Receita Média por Usuário) do Pós-pago ex-M2M** atingiu R$ 55,5 no 3T25, o maior valor já registrado.
  • A base de clientes Pós-pago aumentou 9,0% nos 9M25 (atingindo 32.344 mil clientes).
  • A disciplina na retenção é evidente, com a manutenção de **baixos níveis de *churn* (desconexão)** de apenas 0,8% no Pós-pago ex-M2M tanto no 2T25 quanto no 3T25.

2.2. Otimização de Custos e Alavancagem

O sucesso financeiro é atribuído à **disciplina no controle de custos** e à expansão da Margem EBITDA.

  • Os custos Normalizados da Operação cresceram apenas 2,7% A/A nos 9M25, demonstrando crescimento abaixo da inflação.
  • As despesas Gerais e Administrativas (G&A) Normalizadas reduziram 2,4% nos 6M25, beneficiadas por menores gastos com serviços jurídicos.
  • A relação Dívida Líquida/EBITDA (LTM), que mede a alavancagem, mostrou uma forte melhoria histórica, atingindo 0,83x no 4T24, um patamar de saúde financeira robusta.
  • A Companhia gera caixa robusto: a Margem EBITDA-AL Normalizada menos Capex (FCO) subiu para 22,6% nos 9M25 (vs 21,2% em 9M24).

2.3. Investimentos e Infraestrutura (Capex)

A TIM continua investindo seletivamente para garantir a liderança em tecnologia, mantendo o Capex sob controle.

  • O Capex nos 9M25 foi de R$ 3.195 milhões, um aumento marginal de apenas 0,6% A/A.
  • O foco em investimentos é claro: a TIM alcançou o marco de 1.000 cidades com cobertura 5G em Outubro de 2025.
  • Houve um forte foco na modernização da infraestrutura de São Paulo, com expectativa de **conclusão de 100% dos sites até Novembro/25**.
3. Governança e Remuneração ao Acionista

3.1. Remuneração Crescente

O forte desempenho resultou em uma distribuição recorde de remuneração aos acionistas.

  • O total de **R$ 3,5 bilhões** de Juros Sobre Capital Próprio (JSCP) e dividendos, referente aos resultados de 2024, foi anunciado.
  • Novos JCP foram aprovados em 2025, totalizando R$ 990 milhões no primeiro semestre (R$ 690 milhões no 1T25 e R$ 300 milhões no 2T25). Mais R$ 480 milhões foram aprovados em setembro de 2025.

3.2. Operação Societária

A Companhia realizou a Operação de Grupamento e Desdobramento de Ações (100 para 1, depois 1 para 100) em 2025.

  • Como parte dessa operação, o leilão para alienação das 22.059.698 frações de ações ordinárias resultou em um valor líquido de cerca de R$ 455 milhões, disponibilizado aos acionistas em julho de 2025.

3.3. Destaques ASG (Ambiental, Social e Governança)

O período foi marcado por reconhecimento global nas práticas ESG.

  • A TIM foi reconhecida pelo CDP (Carbon Disclosure Project) como Líder com *score* A em Engajamento com Fornecedores (SEA).
  • Pelo segundo ano consecutivo, a TIM integra a "A List" do CDP Climate Change.
  • A Companhia é a única *telecom* presente nos quatro índices de sustentabilidade da B3 (ISE, ICO2, IGPTW, IDIVERSA).
  • A TIM recebeu o selo **Age Friendly** por seu compromisso com a valorização de profissionais acima de 50 anos.
4. Desenvolvimento de Novas Avenidas de Crescimento

A estratégia focada em novas verticais começou a render frutos em 2025, enquanto outras parcerias foram ajustadas:

  • B2B IoT: A receita contratada acumulada no B2B aumentou significativamente em 2024, demonstrando um resultado notável neste segmento. No 3T25, o B2B esperava fechar o ano com cerca de 120 clientes ativos.
  • Educação e Saúde: Em junho de 2025, a TIM lançou o curso exclusivo de IA com Google Gemini, atingindo mais de 50 mil inscritos. A parceria de Saúde com o Cartão de Todos superou a marca de 1 milhão de *leads* gerados.
  • Plataforma de Clientes: A Receita de Plataforma de Clientes sofreu um recuo de 17,9% nos 6M25, como reflexo do encerramento da parceria com o Banco C6 no 1T25.
``` Análise de Múltiplos Financeiros da TIM S.A. (1T24 a 3T25)

Análise de Dez Múltiplos e Indicadores Financeiros da TIM S.A.

1. Receita Líquida Total (R$ Milhões)

Definição do Significado: A Receita Líquida Total representa o valor das vendas de bens e serviços da Companhia após a dedução de impostos, taxas, devoluções e descontos.

Indicador 1T24 2T24 3T24 4T24 1T25 2T25 3T25
Receita Líquida Total (R$ Milhões) 6.096 6.303 6.419 6.631 6.394 6.600 6.711

Explicação do Resultado:

A Receita Líquida Total da TIM mostrou um crescimento consistente e acelerado ao longo do período analisado , com exceção de uma leve queda sazonal observada no 1T25 em comparação com o 4T24 .

A receita retomou o crescimento forte no 2T25, atingindo R$ 6.600 milhões , e continuou a crescer para R$ 6.711 milhões no 3T25 . Esse desempenho é apoiado principalmente pelo avanço na receita móvel, sustentado pela consistência na performance do Pós-pago .

2. EBITDA Normalizado (R$ Milhões)

Definição do Significado: EBITDA (Lucro antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) Normalizado é uma medida da geração de caixa operacional ajustada por itens não recorrentes .

Indicador 1T24 2T24 3T24 4T24 1T25 2T25 3T25
EBITDA Normalizado (R$ Milhões) 2.890 3.153 3.236 3.346 3.084 3.351 3.469

Explicação do Resultado:

O EBITDA Normalizado acompanhou o crescimento da receita, demonstrando um crescimento robusto ao longo do período . O 2T25, com R$ 3.351 milhões, foi considerado o melhor segundo trimestre da história da empresa . No 3T25, o EBITDA Normalizado continuou a crescer, atingindo R$ 3.469 milhões . O crescimento do EBITDA é impulsionado pela expansão da receita e pela manutenção dos custos sob controle. Nos primeiros nove meses de 2025 (9M25), o crescimento A/A do EBITDA foi de 6,7% .

3. Lucro Líquido Normalizado (R$ Milhões)

Definição do Significado: O Lucro Líquido Normalizado representa o lucro após impostos e todas as despesas, ajustado para remover os efeitos de itens não recorrentes, como certos ajustes de custos ou efeitos no Imposto de Renda e Contribuição Social .

Indicador 1T24 2T24 3T24 4T24 1T25 2T25 3T25
Lucro Líquido Normalizado (R$ Milhões) 519 781 805 1.055 810 976 1.208

Explicação do Resultado:

O Lucro Líquido Normalizado apresentou uma sólida expansão e um crescimento robusto . Houve um crescimento notável no 3T25, atingindo R$ 1.208 milhões , o que representa um aumento de 50,0% em relação ao 3T24 . O resultado acumulado nos 9M25 foi de R$ 2.994 milhões , refletindo o maior lucro líquido da história da TIM .

4. Margem EBITDA Normalizada (%)

Definição do Significado: A Margem EBITDA é calculada dividindo o EBITDA Normalizado pela Receita Líquida Total. É um indicador chave de eficiência que mede a lucratividade operacional da empresa.

Indicador 1T24 2T24 3T24 4T24 1T25 2T25 3T25
Margem EBITDA (%) 47,4% 50,0% 50,4% 50,5% 48,2% 50,8% 51,7%

Explicação do Resultado:

A Margem EBITDA demonstrou uma evolução positiva no período . O índice atingiu 50,8% no 2T25, representando um aumento de 0,8 p.p. A/A . Essa margem é impulsionada pela contenção de custos . Essa tendência de expansão se manteve no 3T25, alcançando **51,7%** , o que representa um aumento de 1,3 ponto percentual (p.p.) em relação ao 3T24 .

5. Dívida Líquida (R$ Milhões)

Definição do Significado: A Dívida Líquida é a Dívida Financeira Total (incluindo Dívida Bruta e Arrendamentos/Lease Total) menos Caixa e Investimentos. Ela reflete a alavancagem real da empresa.

Indicador 1T24 2T24 3T24 4T24 1T25 2T25 3T25
Dívida Líquida (R$ Milhões) N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D

Explicação do Resultado:

As fontes detalham que a Companhia realiza o gerenciamento de liquidez diariamente e a sua estrutura financeira é sólida e resiliente . O gerenciamento de liquidez e do fluxo de caixa busca garantir que a geração operacional de caixa e a captação prévia de recursos sejam suficientes para manter o cronograma de compromissos operacionais e financeiros . O EBITDA-AL Normalizado - Capex (Fluxo de Caixa Operacional) é uma métrica chave para demonstrar a sustentação da estrutura financeira .

Nota: Os valores de Dívida Líquida trimestrais consolidados específicos não estão disponíveis nas fontes para preencher toda a tabela, sendo utilizados apenas indiretamente nos cálculos de EV/EBITDA.

6. Dívida Líq./EBITDA (LTM)

Definição do Significado: Este múltiplo de alavancagem relaciona a Dívida Líquida da empresa com o EBITDA Normalizado dos Últimos Doze Meses (LTM - Last Twelve Months). Ele indica em quantos anos de geração de caixa operacional a empresa conseguiria pagar sua dívida.

Indicador 1T24 2T24 3T24 4T24 1T25 2T25 3T25
Dívida Líq./EBITDA (LTM) 1,08x 1,05x 0,96x 0,83x 0,86x 0,87x N/D

Explicação do Resultado:

A relação Dívida Líquida/EBITDA (LTM) é um indicador de saúde financeira. Os dados de *valuation* disponíveis se referem a análises feitas com base no 2T25 . A tendência de queda observada (atingindo 0,83x no 4T24) mostra uma desalavancagem. O índice ligeiramente subiu para 0,87x no 2T25. Um EBITDA LTM de R$ 13.017 milhões foi a base para os cálculos no 2T25.

7. P/L (Preço/Lucro LTM)

Definição do Significado: O P/L (Preço/Lucro) LTM é um múltiplo de valuation que compara o preço da ação com o Lucro por Ação (LPA) acumulado nos últimos 12 meses. Um P/L mais baixo pode indicar que a ação está relativamente mais barata .

Indicador 1T24 2T24 3T24 4T24 1T25 2T25 3T25
P/L (Preço/Lucro LTM) 15,9x 14,9x 14,5x 15,6x 14,3x 13,6x N/D

Explicação do Resultado:

O P/L LTM demonstrou flutuações, sendo que no 2T25 atingiu o menor valor da série (13,6x), o que foi rotulado como "Mais Barato" . A análise mais recente disponível usou o preço da ação em R$ 23,25 .

8. EV/EBITDA (LTM)

Definição do Significado: O EV/EBITDA (Valor da Firma/EBITDA) LTM é um múltiplo de valuation que mede o valor total da empresa (Valor Empresarial) em relação à sua geração de caixa operacional (EBITDA LTM) .

Indicador 1T24 2T24 3T24 4T24 1T25 2T25 3T25
EV/EBITDA (LTM) 5,4x 5,1x 4,9x 4,6x 4,7x 4,7x N/D

Explicação do Resultado:

O EV/EBITDA (LTM) tendeu a ser decrescente, tornando a empresa mais atrativa em relação à sua geração de caixa. A métrica se manteve estável em 4,7x no 1T25 e 2T25, sendo classificada como "Mais Barato" neste último trimestre . O cálculo foi atualizado considerando o preço da ação em R$ 23,25 no 2T25 .

9. LPA (Lucro por Ação LTM)

Definição do Significado: LPA (Lucro por Ação) LTM é o lucro total atribuível aos acionistas da Companhia nos Últimos Doze Meses, dividido pela quantidade média ponderada de ações emitidas. É um indicador direto da lucratividade para o acionista.

Indicador 1T24 2T24 3T24 4T24 1T25 2T25 3T25
LPA (R$ por Ação LTM) R$ 1,28 R$ 1,37 R$ 1,41 R$ 1,31 R$ 1,43 R$ 1,51 N/D

Explicação do Resultado:

O LPA LTM mostrou uma clara tendência de crescimento na lucratividade até o 2T25 , atingindo R$ 1,51 por ação no 2T25, sendo classificado como "Mais Lucrativo". A melhoria na lucratividade é um dos focos da Companhia, refletindo a solidez operacional .

10. EBITDA-AL Normalizado - Capex (R$ Milhões)

Definição do Significado: Também conhecido como Fluxo de Caixa Operacional Livre (FCO), este indicador representa a geração de caixa operacional após o pagamento dos arrendamentos (EBITDA-AL) e após subtrair os investimentos em bens de capital (Capex) . É uma medida crucial de quanto caixa a empresa gera para o serviço da dívida e remuneração dos acionistas .

Indicador 1T24 2T24 3T24 4T24 1T25 2T25 3T25
EBITDA-AL Norm. - Capex (R$ Mi) 843 1.536 1.608 1.227 1.001 1.718 1.738

Explicação do Resultado:

Este indicador é um dos principais destaques da execução da TIM . O resultado demonstrou forte crescimento e resiliência no período . No 1T25, o FCO alcançou R$ 1.001 milhões . O resultado se recuperou no 2T25, alcançando R$ 1.718 milhões (crescimento de 71,7% T/T) . A tendência de alta continuou no 3T25, atingindo R$ 1.738 milhões . O desempenho acumulado nos 9M25 foi de R$ 4.457 milhões , com crescimento de 11,8% A/A , sustentando uma estrutura financeira sólida .

Analogia para Múltiplos de Valuation (P/L e EV/EBITDA)

Imagine uma empresa como um edifício de apartamentos para investimento:

  • O Lucro (L) é o aluguel que você recebe anualmente.
  • O Preço da Ação (P) é o custo de comprar uma fatia do edifício.
  • O P/L (Preço/Lucro) diz quantos anos de aluguel (lucro) você precisa para pagar o preço que você está comprando a fatia. Se o P/L da TIM está caindo (como para 13,6x no 2T25) , significa que o preço da "fatia" está mais baixo em relação à renda que ela gera.
  • O EV (Valor da Firma) é o custo total do edifício, incluindo a dívida hipotecária restante.
  • O EBITDA é a capacidade do edifício de gerar caixa antes de pagar impostos ou a hipoteca.
  • O EV/EBITDA (4,7x no 2T25) informa em quantos anos a geração de caixa do edifício cobriria o custo total da compra (incluindo a dívida), sendo um indicador de eficiência mais completo do que apenas o P/L.
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